domingo, 13 de junho de 2010

Dom João VI e a Missão Artística Francesa

Dom Pedro II,,autor do retrato :.......

Dom Pedro I, autor da pintura:....



Dom João VI, por Debret

Dom João VI,,,chegou ao Brasil em 1808,,,

Dom Pedro I, filho de Dom João VI, assume


Dom Pedro I


Dom Pedro I, pai de Dom Pedro II,

Dom Pedro I abdicou para retornar a Portugal para colocar novamente no trono sua filha

Em seu lugar assumiu Dom Pedro II


Pintura brasileira
"(...)

Com a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, começou um novo ciclo cultural no Brasil, especialmente com a vinda também de diversos artistas estrangeiros atraídos pelas perspectivas de progresso que a presença da corte inspirava. Dentre as várias providências tomadas por Dom João VI para melhorar a vida na colônia constam a fundação de escolas, museus e bibliotecas, mas sobretudo teve profundo impacto na institucionalização, uniformização e estabilização do ensino da arte a criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios em 1816, que depois evoluiria para formar a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes.

A criação desta Escola se deve à influência do Conde da Barca, a quem Joachim Lebreton havia proposto a fundação de um estabelecimento de ensino superior de arte através de um comunicado [5] de 12 de junho de 1816, enviado logo após a chegada do grupo que se conheceria como a Missão Artística Francesa.

A Missão era composta por Jean-Baptiste Debret, pintor histórico, Nicolas-Antoine Taunay, pintor de paisagens e batalhas, Auguste-Henri Victor Grandjean de Montigny, Charles de Lavasseur e Loius Ueier, arquitetos, Auguste-Marie Taunay e François Bonrepos, escultores, e Charles-Simon Pradier, gravador, além do próprio Lebreton como organizador geral e uma série de artífices coadjuvantes. A Missão foi acolhida oficialmente pelo Rei através de Carta Régia de 12 de agosto de 1816, mas os motivos de sua vinda são controversos.[6]

[editar] O projeto de Lebreton
Lebreton propôs instaurar uma nova metodologia de ensino através da criação de uma Escola de Belas Artes com disciplinas sistematizadas e graduadas. O ensino se daria em três fases:

Desenho geral e cópia de modelos dos mestres, para todos os alunos;
Desenho de vultos e da natureza, e elementos de modelagem para os escultores;
Pintura acadêmica com modelo vivo para pintores; escultura com modelo vivo para escultores, e estudo no atelier de mestres gravadores e mestres desenhistas para os alunos destas especialidades.
Para a arquitetura haveria também três etapas divididas em teóricas e práticas:

Na teoria:
História da arquitetura através de estudo dos antigos;
Construção e perspectiva;
Estereotomia.
Na prática:
Desenho;
Cópia de modelos e estudo de dimensões;
Composição.
Paralelamente Lebreton sugeria ainda o ensino da música, bem como sistematizava o processo e critérios de avaliação e aprovação dos alunos, o cronograma de aulas, sugeria formas de aproveitamento público dos formados e projetava a ampliação de coleções oficiais com suas obras, discriminava os recursos humanos e materiais necessária para o bom funcionamento da Escola, e previa a necessidade da formação de artífices auxiliares competentes através da proposta de criação paralela de uma Escola de Desenho para as Artes e Ofícios, cujo ensino seria gratuito mas igualmente sistemático.

A escola, como se viu, foi criada, mas tardou em se estabelecer, enfrentando muitas oposições, intrigas palacianas e hostilidades declaradas por parte de artistas já estabelecidos e herdeiros das tradições do barroco. Lebreton morreu em 1819, e a posse de Henrique José da Silva, crítico implacável dos franceses, como presidente da Escola em 1820 agravou o ostracismo sofrido pelos estrangeiros. Nicolas-Antoine Taunay, desistiu e abandonou o país em 1821, mas deixou seu filho Félix-Émile [26] [27], que também viria a ser pintor de nomeada e professor de desenho de Dom Pedro II.

Debret, que junto com Montigny foi um dos mais persistentes, formou alguns discípulos e permaneceu aqui por dez anos, período em que realizou extensa e inestimável documentação visual da natureza, dos índios e escravos e da vida urbana do Rio e de outras regiões brasileiras em uma série de aquarelas e desenhos, depois reproduzidos na justamente célebre obra Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, publicada por ele na França em três tomos em 1834, 1835 e 1839. Debret também foi professor de Pintura Histórica na Academia e fez retratos de personagens da corte.

Após muitos impasses, funcionamento precário, mudanças de rumo e de administradores, a Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura, Arquitetura Civil iniciaria suas plenas atividades somente em 5 de novembro de 1826, por força da intervenção do Conde de Valença, Ministro do Império, e do Visconde de São Leopoldo. Sua primeira exposição pública de obras de arte, a primeira no gênero ocorrida em todo o Brasil, foi aberta em 2 de dezembro de 1829, contando com 115 trabalhos de professores e alunos.[7]

A missão teve resultados pouco visíveis de imediato, e sendo um enxerto cultural em um ambiente díspar, sofreu severas críticas desde a origem e até no século XX. Nem se pode creditar a ela a introdução do Neoclassicismo no Brasil, pois se bem que tenha certamente contribuído para difundí-lo à larga em sua versão mais ortodoxa, o estilo, como já foi mencionado, já era conhecido no país pelo menos desde 1753. Mesmo a implementação de um ensino regular baseado em modelos institucionais europeus de tradição antiga e eficiência comprovada, sua contribuição maior para o sistema de arte brasileiro, foi criticada como um projeto autoritário que privava o artista da legítima inspiração individual e da tradição anterior.[8] Enfim, com seus pontos positivos e negativos, a Escola projetada por eles teria vida longa e frutífera.
Nicolas-Antoine Taunay: Retrato da Marquesa de Belas, 1816. Coleção Brasiliana
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